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Como uma história de amor possibilitou a criação das luvas de borracha

O que muitos não sabem é que a cirurgia surgiu antes da descoberta da anestesia, da esterilização e até mesmo das bactérias. Era considerada uma ciência inferior e chamada por muitos como “Medicina dos Horrores”. Naquela época, dos pacientes que sobreviveram ao ato cirúrgico, uma boa parcela morria de infecção pós-operatória.
No final do século 19, o jovem e tímido Dr. William Halsted, chefiava o setor de cirurgia do recém inaugurado Hospital John Hopkins e possuía extrema admiração, como ele mesmo escreveu,  pela enfermeira-chefe do centro cirúrgico, a srta. Carolina Hampton.

Nesta época, as mãos eram limpas com substâncias corrosivas (cloreto de mercúrio), mas não se usavam luvas para realizar as cirurgias. Em virtude do uso diário dessas substâncias, a srta. Carolina desenvolveu graves lesões nas mãos, que foram inútilmente tratadas das mais variadas maneiras e, portanto, não restava outra opção senão abandonar a sala de operações e, com ela, o convívio com Halsted.
Um belo dia, para evitar o afastamento da jovem amada, ele se apresentou à srta Hampton e lhe entregou um par de finas luvas de borracha, desenvolvidas por ele e encomendadas pessoalmente a Goodeyer Rubber Company. Assim, a srta. Carolina pôde seguir suas atividades cirúrgicas ao lado do Dr. Halsted.
Halsted e Carolina casaram-se em 4 de junho de 1890. Ele se tornou um dos maiores nomes da cirurgia mundial. As luvas ficaram por assim dizer como “luvas do amor” e converteram-se em utensílio cirúrgico indispensável.


Fonte: livro Século dos Cirurgiões - Editora Hemus